O Primeiro 1.º de Maio em Liberdade

Em Lisboa milhares de pessoas acorrem ao Estádio da F.N.A.T., prontamente baptizado como “Estádio 1.ª de Maio”, na Avenida Rio de Janeiro.
Organizado por 23 sindicatos e com a participação de Álvaro Cunhal e Mário Soares que discursaram juntos pela primeira e última vez.

O 1º. de Maio de 1974 em Lisboa

Milhões de portugueses acorrem às ruas em todo o país dando largas à sua alegria e participando de uma forma colectiva espontânea.

Os discursos

parte dos discursos de Mário Soares e Álvaro Cunhal

Conclusão: Tínhamos um país revolucionário anti-fascista, anti-capitalista e anti-imperialista. A revolução estava na ordem do dia!

Sobre a História do 1.º de Maio

A PIDE antes de se render mata.

25 de Abril 21:00horas

Em plena festaria popular, com a vitória do MFA consumada, Marcelo Caetano já havia abdicado e preparava-se para seguir para a Madeira, de onde, mais tarde, viria a ser deportado, para o Brasil, aonde veio a falecer.

Os elementos da PIDE/DGS, abrem fogo sobre a população indefesa que sitiava a sua sede e era perfeitamente evitável, porquanto a rendição do Governo de Marcelo Caetano estava publicamente consumada, quando das janelas da rua António Maria Cardoso, possuídos da fúria da pólvora, os carrascos da PIDE abrem fogo mortífero sobre a multidão, que cercava a sede, causando cinco mortos e mais de 45 feridos. Um agente da DGS é morto pelas Forças Armadas quando tentava fugir.

Vítor Crespo, único representante da Armada no Posto de Comando, consegue finalmente mobilizar um corpo de fuzileiros navais, sob o comando de Vargas de Matos, cuja acção virá a ser relevante na definitiva rendição da PIDE/DGS. Com eles estará também uma outra força da Armada comandada por Costa Correia.
(fonte: Wikipédia)

Spínola começa a sentir-se “patrão”…

25 de Abril 20:00horas

É finalmente lida nos emissores do RCP, a Proclamação do Movimento das Forças Armadas. Vinte e uma horas após a emissão do primeiro sinal confirmativo das operações o regime caía.
António de Spínola chega ao Quartel da Pontinha. ” Senhores oficiais, devo começar por informá-los que acabo de assumir o poder no Quartel do Carmo. Agora vamos ao trabalho.”
(fonte: Wikipédia)

A capitulação do governo fascista

25 de Abril 18:20horas

É emitido um comunicado do MFA a informar o País da capitulação e entrega de Marcelo Caetano e dos membros do seu ex-governo, refugiados no Quartel do Carmo.
No Largo do Carmo, mas igualmente, por todo o País, nas ruas, nas praças, as pessoas abraçam-se, exultam e cantam vitória.
Apenas 5 minutos decorridos, Salgueiro Maia, dá ordem aos soldados para formarem um cordão em frente da porta de armas do Quartel, por forma a ser possível retirar Marcelo Caetano em segurança.
(fonte: Wikipédia)

Edição do Jornal “República” na manhã do dia 25 de Abril de 1974

O primeiro comunicado do M.F.A.

25 de Abril 04:06horas

Leitura do primeiro comunicado do MFA, pela voz do jornalista Joaquim Furtado, aos microfones do Rádio Clube Português:

Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas.
As Forças Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de se recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderia conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a eventual colaboração, que se deseja, sinceramente, desnecessária

Após a leitura do comunicado, foi tocada A Portuguesa, prosseguindo a emissão com a passagem de marchas militares, entre as quais a marcha “A Life on the Ocean Waves” de Henry Russell (1812-1900), que haveria de ser adoptada como hino do MFA.
O governador da Região Militar de Lisboa reúne-se com o corpo do seu Estado-Maior de emergência máxima na residência do respectivo subchefe. (fonte: Wikipédia)